Serviço de Preservação da FCRB: 40 anos de atuação
Em 1978 foi inaugurado na Fundação Casa
de Rui Barbosa (FCRB), com o apoio da FINEP, o Serviço de Preservação
(SEP). O setor tem como objetivo a execução das atividades de
conservação e restauração de livros, documentos e obras de arte sobre
papel e a encadernação do acervo da instituição. Durante os 40 anos de
sua existência, o SEP se desenvolveu juntamente com o ramo e manteve a
atualização de equipamentos necessários para as demandas dos acervos.
Além disso, também são constantes as visitas técnicas de outras
instituições e o desenvolvimento de trabalhos científicos sobre
preservação e restauração.
O setor é dividido em duas áreas: seca e úmida. Após uma análise
dos arquivos enviados, é feito, através de testes, um diagnóstico e
iniciado o tratamento com os componentes necessários na área adequada. O
museólogo e tecnologista da FCRB Douglas Gualberto diz que os
profissionais prezam por fazer uma restauração mantendo as técnicas
originais utilizadas nas obras. "O livro, por exemplo, não fica novo,
mas preservado. Não se pode perder a originalidade", explica
acrescentando que para isso é necessário conhecimento em Química,
Física, Biologia e História da Arte.
Antes da criação de uma área de
restauração dentro da própria FCRB, o trabalho de encadernação dos
livros, era realizado por uma empresa terceirizada. Essa situação fez
com que a originalidade das capas e sintonia entre livros de uma mesma
coleção fossem perdidas. Por isso, o chefe do SEP, Edmar Gonçalves,
passou a desenvolver um trabalho de pesquisa de busca pelas capas
originais dessas obras que destoam no acervo. No caso de não ser
localizada a composição original, é seguido o padrão geralmente
encomendado pelo patrono. "Se é para seguir um padrão, que seja o que o
Rui gostava", acrescenta.
O Serviço de Preservação utiliza
também equipamentos de microfilmagem, que hoje vem sendo substituída
pela digitalização. Uma curiosidade é a utilização apenas de técnicas
reversíveis em todos os procedimentos do setor. Com o constante
desenvolvimento tecnológico e científico, há o cuidado para que, no caso
do aparecimento de um tratamento melhor, a existência do acervo possa
ser prolongada, tendo em vista que ele é uma das bases fundamentais da
instituição.
FONTE: Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB)
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