Leandro Gomes de Barros: o poeta do sertão


No dia 5 de março, o Centro de Memória e Informação, da Fundação Casa de Rui Barbosa, realizará homenagem alusiva ao centenário da morte do poeta Leandro Gomes de Barros. A programação será composta por mesa-redonda, mostra sobre o autor e atividade para o público infantil. A entrada é franca.

:: Programação:
10h: Na Biblioteca Infantojuvenil Maria Mazzetti (BIMM) - Cordel para crianças – com Cilene Alves de Oliveira
14h: Na sala de cursos - Mesa-redonda: com Ana Carolina Carvalho de Almeida Nascimento, Gonçalo Ferreira da Silva e Sylvia Regina Bastos Nemer. Mediadora: Ana Ligia Medeiros
17h: No hall do edifício-sede - Abertura da mostra: Leandro Gomes de Barros: o poeta do sertão

:: Sobre o homenageado:
Há cem anos morria um dos maiores poetas brasileiros, Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Nascido em Pombal, na Paraíba, e criado em Teixeira - berço dos maiores cantadores do século XIX - fixou-se mais tarde em Recife. Foi um dos poucos poetas a viver exclusivamente da sua arte: escrevia, editava, imprimia, divulgava e comercializava suas criações.
Leandro viajava constantemente pelo sertão para vender suas obras. Com os ouvidos atentos, recolhia em suas viagens os relatos de acontecimentos e histórias pitorescas que traduziria em versos.

Calcula-se que escreveu mais de mil obras cuja classificação tornou-se objeto de estudo de muitos pesquisadores, como Câmara Cascudo e Sebastião Nunes Batista. Em 1976, ganhou o título de “Príncipe dos poetas” de Carlos Drummond de Andrade. Os dois primeiros atos do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, foram inspirados nos folhetos de autoria do poeta: Cachorro dos mortos e A história do cavalo que defecava dinheiro.

A FCRB é detentora do maior número de folhetos de Leandro. São 460 folhetos, boa parte disponíveis no site Cordel: cultura popular em verso e no Repositório Rui Barbosa de Informações Culturais – RUBI.

Embora tenha morrido há um século, Leandro continua entre nós. Especialmente no Nordeste, sua poesia continua circulando pois conseguiu como poucos capturar a alma de um povo engenhoso, espirituoso e criativo.

FONTE: Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB)

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